26 de maio de 2012

Armado com rifle, atirador abre fogo na Finlândia e mata 2 pessoas


Um rapaz de 18 anos armado abriu fogo a partir de um telhado na cidade de Hyvinkaa, na Finlândia, a 50 quilômetros da capital Helsinque, na madrugada deste sábado (26). Ele matou duas pessoas, sendo um homem e uma jovem também de 18 anos, e feriu outras sete, segundo as agências de notícias.
Entre os feridos há outra jovem, de 23 anos, em estado grave, e um policial.
Um policial recupera num telhado a arma do atirador. (Foto: Lehtikuva / Jussi Nukari / AP Photo)Um policial recupera num telhado a arma do atirador. 












O atirador se posicionou em um telhado de um centro comercial para realizar o ataque, que ocorreu perto das 2 horas da manhã, horário local, numa área de bares e restaurantes da cidade. De acordo com a polícia, parece se tratar de disparos aleatórios.
Corpo coberto com um lençol. Vítima seria uma mulher. (Foto: Lehtikuva / Sari Gustafsson / AP Photo)Corpo coberto com um lençol. Vítima seria uma mulher. 
No momento do tiroteio ele vestiu um uniforme de combate. Em um primeiro momento, o homem conseguiu fugir, mas foi detido cerca de cinco horas depois. De acordo com o detetive responsável Markku Tuominen, ele não resistiu à prisão. "Encontramos o rapaz com duas armas... incluindo um rifle de caça," disse Tuominen, acrescentando que a polícia não sabe ainda de possíveis motivações. 
Policiais guardam área em Hyvinkaa, na Finlândia, onde um atirador matou uma pessoa e feriu outras oito. (Foto: Lehtikuva / Sari Gustafsson / AP Photo)Policiais guardam área em Hyvinkaa, na Finlândia, onde um atirador matou uma pessoa e feriu outras oito. 
Situações como a dessa madrugada não são incomuns na Finlândia, um país de 5,4 milhões de pessoas e com uma forte tradição de caça, onde cerca de 650 mil pessoas oficialmente possuem armas. Nos últimos anos, houve dois atiradores em escolas.

7 de maio de 2012

Suspeito de agredir mulher causa acidentes ao fugir da polícia em SP

Homem bateu em dois carros na Zona Leste neste domingo.
Ele ficou ferido e foi levado para hospital.

Um homem suspeito de agredir sua mulher e fugir da polícia causou um acidente na Zona Leste de São Paulo enquanto era perseguido no fim da noite deste domingo (6). Ele bateu em dois carros na Rua Luís Pereira da Silva, no Parque São Lucas, ficou ferido e teve que ser levado para um hospital.
A perseguição começou por volta das 22h50, quando a mulher chamou a polícia dizendo ter sido agredida pelo companheiro. Policiais foram até a casa. Enquanto eles estavam no local, o homem apareceu. Ao ver a polícia, entrou no carro e saiu em alta velocidade, causando os acidentes.
O motorista de um dos veículos atingidos também ficou ferido.

22 de abril de 2012

GP do Barein ocorre em meio a protestos e violência


Manifestantes anti-governo fazem sinal de vitória ao queimar pneus em Budaiya. O atual campeão Sebastian Vettel venceu o Grande Prêmio do Barein neste domingo, mas longe da pista a revolta ardia entre os manifestantes que sustentam que a família real que sufocou os protestos da Primavera Árabe no ano passado não deveria ter sediado a corrida. 22/04/2012    REUTERS/Hamad I Mohammed
O atual campeão Sebastian Vettel venceu o Grande Prêmio do Barein neste domingo, mas longe da pista a revolta ardia entre os manifestantes que sustentam que a família real que sufocou os protestos da Primavera Árabe no ano passado não deveria ter sediado a corrida.
O finlandês Kimi Raikkonen foi o segundo para a Lotus e seu colega de equipe Romain Grosjean, da França, ficou com a terceira colocação.
A forte segurança manteve a confusão distante do circuito, onde Vettel largou e chegou na pole com sua Red Bull em uma prova sem incidentes. Mas os manifestantes disseram que a violência noturna ao longo da última semana mostrou que a determinação das autoridades em levar a competição adiante este ano foi um erro.
"Eles calcularam mal. Pensaram que cancelar a corrida seria uma derrota para eles, mas não se deram conta do custo de realizá-la", disse o ativista xiita Alaa Shehabi por telefone. "Não computaram a propaganda negativa no cálculo".
O evento esportivo era a oportunidade de o governo mostrar que a vida voltou ao normal na ilha depois que os temores com a segurança por conta dos manifestantes antigoverno forçaram o adiamento da prova do ano passada, mais tarde cancelada.
Algumas equipes expressaram frustração com a atenção à política. Na quinta-feira Vettel disse que muito do que estava sendo relatado era exagerado e que estava ansioso para "o que realmente importa - carros".
Autoridades da F1 e do Barein minimizaram insinuações de que a prova não deveria ter sido realizada, e para a gente do meio, longe das cenas de protesto, a inquietação teve pouco impacto.
As escuderias circularam no entorno do Circuito Internacional do Barein em meio às preocupações de segurança costumeiras, e a estrada que leva ao circuito estava cercada de carros de polícia.
A corrida é patrocinada por uma série de marcas mundiais. A Thomson Reuters, empresa proprietária da Reuters, patrocina a equipe Williams.

Violência persiste na Síria apesar de apelo de Annan


Soldados sírios atacaram uma cidade a oeste de Damasco neste domingo, e rebeldes bombardearam um comboio militar no norte do país, enquanto o mediador internacional Kofi Annan reiterou os apelos aos dois lados para que trabalhem com a equipe de observadores da ONU para um cessar-fogo.
Um pequeno grupo de observadores desarmados opera na Síria há uma semana, supervisionando uma trégua parcial que conteve apenas parte da violência no país, mas não a estancou por completo.
No sábado, o Conselho de Seguranças da Organização das Nações Unidas decidiu aumentar a equipe de observadores. Num comunicado, Annan pediu aos rebeldes e ao governo sírio para abaixar as armas e consolidar o cessar-fogo.
Os monitores visitaram neste domingo as cidades de Hama e Rastan. Um vídeo na Internet mostra observadores acompanhados de rebeldes.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, que tem base na Grã-Bretanha, afirmou que as forças do governo mataram pelo menos 12 pessoas neste domingo, seis delas na província de Homs. Segundo o Observatório, pelo menos quatro soldados foram mortos num ataque a bomba.

Violência atinge 68% das escolas do Rio, Niterói e São Gonçalo


Pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), feita em 13 escolas públicas e particulares do Rio e 40 de Niterói e São Gonçalo, identificou a ocorrência de casos constantes de violência em 68% das instituições pesquisadas, sendo que em 85% delas não havia psicólogos. Maus-tratos, brigas entre colegas e conflitos com professores foram as ocorrências mais comuns.
Realizada entre 2010 e 2011, a pesquisa será apresentada nesta segunda-feira (23) durante o 3º Ciclo Internacional de Conferências e Debates: Crises na Esfera Educativa - Violências, Políticas e o Papel do Pesquisador, na Faculdade de Educação da UFF, em Niterói. A pesquisa revelou que 53% dos entrevistados que disseram haver violência na escola apenas mencionaram existir algum tipo de violência, 11% disseram que a incidência de casos violentos é alta e 31%, que há violência, mas que é baixa.
A coordenadora da pesquisa, Marília Etienne Arreguy, doutora em saúde coletiva e professora de psicologia do Departamento de Fundamentos Pedagógicos da Faculdade de Educação da UFF ressaltou que, a partir dos dados qualitativos, que considera os mais relevantes, é possível identificar que, mesmo nas instituições em que o nível de violência é relatado como baixo, informações dadas pelos próprios entrevistados contradizem a afirmativa. “Houve entrevistados que disseram que a violência era baixa e que o camburão da polícia só passava na escola de vez em quando”.
Dentre as instituições pesquisadas, 45% eram estaduais, 35% municipais, 3% federais e 17% particulares. A pesquisadora lamentou a ausência de profissionais de psicologia e de assistência social dentro das escolas, sobretudo nas públicas, e concluiu que a violência crescente nessas instituições de ensino é acentuada pela falta de apoio aos alunos, na sua maioria, pobres. “Alguns funcionários riram quando perguntados se havia psicólogos nas escolas e respondiam que, se faltava professor, ainda mais psicólogos. Apenas uma escola pública, no Rio, tinha um contingente minimamente razoável de psicólogos”.
Segundo Marília Arreguy, a maioria dos alunos considerados violentos é encaminhada para o serviço público de saúde e muitos parentes acabam não levando os filhos para a consulta com um psicólogo, por variados motivos, como falta de meios para pagar a condução, falta de tempo, por preconceito, filas de espera enormes para atendimento, falta de profissionais, entre outros.
“A violência é fundamentalmente social, contextual e humana. Essa agressividade inerente ao humano precisa ser trabalhada nas escolas para que ela não se transforme em violência e ajude o aluno a viver melhor. Esse trabalho não está sendo feito ou está sendo feito de modo ineficiente. Essas crianças estão sem assistência e acabam, muitas vezes, sendo medicadas, como se esse fosse apenas um problema do indivíduo”.
A educadora criticou as linhas de pesquisa e projetos “estigmatizantes” que focam na identificação de crianças que sofrem bullying ou têm perfil violento. “Claro que existem crianças e jovens com mais dificuldade na relação intersubjetiva, mas o problema é mais amplo, é uma questão da sociedade. A violência está sempre ligada à relação de poder, de subjugação de um sujeito em relação ao outro, ou mesmo é decorrente de formas de opressão institucionalizadas”.
O estudo mostra também que 73% dos profissionais entrevistados disseram ser a favor da ajuda de um psicólogo atuando em auxílio à educação. Muitos professores disseram ter sido agredidos e ameaçados por alunos.
“Precisamos de recursos públicos, concursos, mais psicólogos e assistentes sociais nas escolas, professor bem pago e trabalhando com satisfação”, observou Marília Arreguy. Segundo ela, na cidade do Rio, a situação é um pouco melhor que em Niterói e São Gonçalo, já que, na capital, existe contingente de psicólogos atuando nas coordenadorias regionais de educação.

18 de abril de 2012

Diga Não a Violência aos Animais!


Exército da Síria bombardeia Homs, e combates matam mais 14 na trégua


Novas manifestações pediram a saída do presidente Bashar al Assad.
Houve tiroteio em Erbin, durante visita de monitores da ONU.



O Exército sírio retomou nesta quarta-feira (18) seus bombardeios a bairros rebeldes de Homs, no centro do país, e matou pelo menos mais 14 civis em toda Síria, em novas violações do cessar-fogo patrocinado pela ONUx e pela Liga Árabe que teoricamente entrou em vigor no dia 12 de abril, segundo militantes.
Um civil foi morto a tiros pelas forças do regime na cidade de Kansefra, na província de Idleb (noroeste), e outro foi abatido por um franco-atirador em Deraa, berço da contestação no sul, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Segundo os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que organizam a mobilização no terreno, os bombardeios atingiram Khaldiyé, Bayada, Jourat al-Chayah e Al-Qarabis.
Dois civis morreram atingidos por obuses disparados pelas forças do governo no bairro de Khaldiyé, em Homs, enquanto que outros dois foram mortos a tiros em Homs e na cidade vizinha de Qousseir, acrescentou a organização em um comunicado.
Cerca de 30% de Homs ainda foge ao controle do Exército, segundo o OSDH.
Imagem divulgada pela oposição mostra bombardeio de forças do governo à cidade síria de Homs nesta quarta-feira (18) (Foto: AP)Imagem divulgada pela oposição mostra bombardeio de forças do governo à cidade síria de Homs nesta quarta-feira (18) 
Uma menina de nove anos foi morta a tiros na região de Damasco, segundo o OSDH, e sete membros das tropas do governo perderam a vida na explosão de uma bomba na passagem de seu veículo na província de Idleb (noroeste).
Várias manifestações foram realizadas pela manhã em todo o país, principalmente em Damasco e em sua região, percorrida pelos observadores internacionais encarregados de supervisionar a aplicação do cessar-fogo previsto pelo plano do emissário internacional Kofi Annan, segundo militantes.
Oito pessoas ficaram feridas pelos disparos das forças do governo em Erbine, a 7 quilômetros da capital, de acordo com o OSDH, e em Dmeir, a 40 km de Damasco, pelo menos sete pessoas foram presas.
Vídeos divulgados na internet mostraram centenas de manifestantes exigindo a queda do regime e brandindo bandeiras "da revolução". "Juramos que não recuaremos, mesmo se o mundo inteiro estiver contra nós", gritavam os manifestantes em Ibtaa, na província de Deraa, segundo um vídeo postado por militantes.
Na terça-feira, o OSDH indicou 20 mortes, sendo 17 civis, em episódios de violência que comprometem a missão de observadores.
Monitores
Houve tiroteios nesta quarta na cidade síria de Erbin, na província de Damasco, durante visita dos monitores, afirmaram a mídia estatal síria e ativistas.
Imagens de vídeos amadores de ativistas, supostamente feitos em Erbin, na província de Damasco, mostraram dois carros brancos com sinais da ONU cercados por manifestantes anti-Assad.
O canal de televisão Ikhbariya disse que um "grupo terrorista" também tinha plantado uma bomba em um posto de controle, ferindo um membro das forças de segurança sírias.
Outro vídeo da Internet, que segundo ativistas foi filmado em Erbin, mostrou uma multidão de pessoas correndo por uma rua com o som de armas de fogo automáticas no fundo.
Há até agora apenas seis observadores da ONU na Síria, liderados pelo coronel marroquino Ahmet Himmiche. Na terça-feira eles fizeram uma viagem à a cidade de Deraa, no sul, aparentemente sem incidentes.
Nesta quarta, foram para Erbin, nos arredores de Damasco, escoltados por carros da polícia síria, e foram cercados por manifestantes que acenavam bandeiras e protestavam contra o presidente Assad.
A faixa dizia: "O açougueiro continua matando, os observadores continuam observando, e as pessoas continuam com a sua revolução. Nós nos curvamos apenas a Deus. "
Himmiche atravessou a multidão apertada vestindo uma boina azul da ONU e colete à prova de balas e entrou em seu veículo, onde falou em um alto-falante, aparentemente pedindo para a multidão se afastar e deixar os carros saírem.
A violência deixou mais de 10 mil mortos na Síria desde o início da revolta popular, no dia 15 de março de 2011, que tem sido violentamente reprimida pelo regime de Bashar al Assad, segundo o OSDH. A grande maioria das vítimas é civil.
O regime acusa "terroristas" de tentarem desestabilizar o país.